quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Quando soube que estava grávida da Maria Rita tive muito medo de mim própria... Do amor que achei que não lhe ia conseguir dar. Aquilo que sinto pelo Duarte é tão arrebatador, tão forte, tão único e especial que eu ficava assustada só de pensar como seria quando outro filho viesse ao Mundo. Fui para a maternidade com esse pensamento... Com medo! Não do parto, não da recuperação, não... Medo do amor que achei impossível sentir. 
Porque sabia que com o Duarte o amor não tinha sido imediato... Sentimento de protecção sim, mas não  amor... Não aquela quase necessidade de o ver e abraçar para repor energias. 
Mas depois a Maria nasceu... E no segundo em que olhei para ela, naquela fracção de segundos em que a tiram da nossa barriga e ela passa à nossa frente para ser vestida... Nessa fracção de segundos já o meu coração a amava acima de tudo! Da mesma forma, da mesma intensidade... Igual! Como é possível um coração poder amar assim tanto? É simplesmente arrebatador...

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