segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Amo-te filho!

Aquilo que uma criança transforma em nós é assim qualquer coisa de muito poderoso... de repente tenho uma espada para usar sempre que tenho que afastar fantasmas a meio da noite. Tenho uma capa de super homem para vestir quando o dia é extenuante, tenho um fato de palhaço para usar quando o quero presentear por se ter portado muito bem. Ser pai e mãe é mesmo isto, é ser um bocadinho de tudo. De médico quando as dores apertam, de chefe de cozinha quando chega a hora de comer, de empregada doméstica quando chega a hora de arrumar a casa e tirar as milhentas nódoas da roupa. Às vezes até me sinto mágica porque consigo fazer aparecer aquele brinquedo que estava desaparecido e que ele tanto queria, outras vezes sou ginasta de serviço e tenho que me esticar onde pensei que os meus membros nunca chegassem para o aparar na queda que está prestes a dar. Há dias em que até visto o fato de bombeiro para apagar os fogos que se vão instalando cá em casa quando há noites consecutivas mal dormidas.
Mas a verdade é que amo ser mãe, amo sentir que o protejo mas que o deixo crescer ao mesmo tempo... às vezes, no parque, fico de longe a olhar para ele, a ver como brinca com os outros meninos e como cresce sem mim... porque ser mãe também é isto mesmo. É deixá-lho ir quando quer, e acima de tudo, ter os braços abertos para o receber quando volta.

E à noite quando o ponho no berço para adormecer fico ali perdida, com o olhar mais ternurento que alguma vez imaginei ter a olhar para aquele anjo reguila, que enche os meus dias, que me cativa cada vez mais... e rio-me de todas as figuras que fiz. De ter sido esta ou aquela personagem. Mas acima de tudo, fico-me a rir de felicidade, por ter uma vida tão preenchida e feliz :).

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